Luz
e sombra
Livre
adaptação de Drácula,
de Bram Stoker
A
história de Drácula
é transposta para os anos 1920, como forma de fazer referência ao
período de florescimento e auge do movimento cinematográfico do
Expressionismo Alemão, que teve influência das artes, da mitologia
germânica e do teatro
de Max Reinhardt. A narrativa será transposta para a Alemanha ao
invés da Inglaterra (onde, no romance de Bram Stoker, Drácula
comprava a Abadia de Carfax), sendo que apenas o início da mesma irá
se transcorrer na Transilvânia. Com isso pretende-se mostrar a
decadência da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, sendo que
essa questão irá influir diretamente no figurino e na direção de
arte, que não serão propriamente opulentos. As principais
influências serão os quadros de Edvard Munch, Ernst Ludwig, Franz
Marc, Amedeo Modigliani, Vincent van Gogh (no que diz respeito à
estética, à direção de arte e às cores), além dos filmes
Nosferatu
(1922) e Fausto
(1926),
ambos de F. W. Murnau, e O
gabinete do Dr. Caligari
(1920), de Robert Wiene, no que se liga aos figurinos, à
tortuosidade dos cenários, ao lado teatralizado da narrativa, à
questão do dualismo humano da ordem bem versus
mal
vista no claro-escuro, e à maquiagem.
Em
Luz
e sombra,
o conde Drácula compra um teatro de vaudeville
em Weimar, para expandir seu reinado de horror e onde tentará
conquistar a famosa atriz Mina Harker, estrela dos filmes da UFA
(Universum
Film AG),
e ex-atriz de vaudeville.